Nascido em 21 de setembro de 1866, em Bromley, Kent, Inglaterra, Herbert George Wells, ou H. G. Wells, como é mais conhecido, era filho de uma família de comerciantes. Em 1883, conquistou uma colocação como aluno e professor-assistente na Midhurst Grammar School e, em seguida, obteve uma bolsa para estudar com o cientista e humanista Thomas Huxley, na Escola Normal de Ciências, em Londres. Chegou a dar aulas de biologia antes de tornar-se jornalista e escritor profissional. Wells tornou-se conhecido pelos seus “romances de ficção”, carregados das suas visões políticas e que antecipavam inúmeras situações vividas pela sociedade posteriormente.

Escreveu mais de uma centena de livros, entre contos, romances, ensaios e textos educacionais. Nos últimos anos do século XIX, publicou uma série de obras que tornar-se-iam pioneiras da ficção científica, entre as quais “A Máquina do Tempo” (1895), “A Ilha do Doutor Moureau” (1896), “O Homem Invisível” (1897) e “A Guerra dos Mundos” (1898). No início do século XX passou a defensor do socialismo e do progresso científico, além de um incentivador da igualdade de direito entre homens em mulheres. Escreveu sobre a luta de classes, questionou a ética da ciência e as suas narrativas abordavam, com fascínio e desconfiança, a aplicação das novas tecnologias, sejam elas do futuro real ou ficcional. Com o avançar da idade, o seu pessimismo com relação ao futuro da humanidade aumentou, o que pode ser claramente identificado nas suas últimas publicações, onde mais do que narrar, pregava contra os acontecimentos posteriores, não mais se valendo da sua inicial capacidade inventiva, mas apenas a constatar que tempos sombrios de um futuro não muito distante estavam prestes a ocorrer.

Faleceu no dia 13 de Agosto de 1946, em Londres.